quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Convite exposição de Natercia Caneira quinta 19 Novembro projecto a sala


 O Projecto 'a sala'  convida-te a mais uma exposição, da artista Natercia Caneira com o título "The Hedge".

 
The Hedge
Instalação performativa integrada no projecto “Dislocation Progression Project”
Natércia Caneira
2009




Quantas camadas existem num único gesto?
The hedge, permite-nos percorrer um campo de memória, onde os sedimentos de gestos precedente se afirmam perante nós. Apresenta-se como o resultado de uma acção performativa que demonstra a concordância entre o espaço e o movimento de um corpo.
Natercia Caneira

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Maribel Sobreira_espaço_quarta-feira 22 de julho 2009


O Projecto “a sala” apresenta espaço de Maribel Sobreira.

Espaço dentro de espaço, a querer romper espaço… espaço com carácter ambicioso de produzir significações reactivas… e consegue!

Esta instalação agarra-nos, a nós público, sobretudo através das suas dualidades: o questionar o papel do autor versus a identidade da obra; a ambiguidade estabelecida entre o objecto e a natureza; a percepção das suas linhas racionais em contraponto com a sua forte componente orgânica… não há certeza onde ficam as fronteiras.

Este cubo que não é um cubo, mas que não deixa de o ser, exibe-se para nós, provoca-nos…afirma-se com arestas bem delineadas, com um posicionamento criterioso em relação ao espaço que o envolve, dono de uma escala acertada, em que não ofusca nem se deixa esmagar. Porem, este confronto que nos faz, é também possuidor de um grande número de sedução… uma luz ténue que nos baralha, que não nos remete a um posicionamento estudado mas que não deixa de ser certeiro, a sensualidade dos corpos (ramos) que tem dentro de si a criar jogos de sombras e de volumes que quebram a ortogonalidade das suas faces… a sua roupagem translúcida… ficamos quentes!

O atraente não está então “apenas” na sua origem de rigor, mas no pontuar esta matéria com toques de espontaneidade, de impulso… e este todo existe com a sonoridade de Hans Burgener e o seu tema “Tidal Awakening”. A presença deste compositor Suíço de música improvisada parece fazer todo o sentido e consegue estabelecer unidade com o som desconstruído vindo do seu violino.

Neste trabalho é notório o olhar atento da sua autora sobre a geometria da “sala” e a relação que a escala humana estabelece com ela. É perceptível que esta instalação acontece vinda de quem se educou a estudar, a transformar e a criar ESPAÇO… com a efemeridade que a contemporaneidade exige e com o poder de apelar ao imaginário do espectador, levado a questionar como seria o desenvolvimento desta obra quase encarada como organismo vivo em constante transformação.

Nas paredes da sala lêem-se quatro textos não da autora da peça mas de “escolhidos” que a vivenciaram em primeiro lugar. Neles estão presentes sensações díspares que a obra consegue causar: a de “ambiguidade”, de “luta entre corpos”, “de uma peça com um super ego desenvolvido”, “de um eu afirmado sobretudo pelas suas sombras”… no fundo, todos eles com maior ou menor capacidade de abstracção, transmitem a possibilidade que este “espaço real” possui em passar a “espaço onírico”… e isso pode complementar, enriquecer ou até mesmo transformar o que ali se vive, mas não consegue anular o artista (como a autora quase pré-estabelecia numa conversa prévia)… e ainda bem!

Fabricia Valente




O Projecto 'a sala' abre desta vez com uma exposição de
Maribel Sobreira,
quarta-feira
,
dia 22 de Junho
das 19.30h às 23 horas!




quinta-feira, 18 de junho de 2009

Dia 25 de Junho, das 19h30m às 23horas





Vídeo TYRED Orlando Franco



ORLANDO FRANCO “TYRED”

Sentir o impacto físico da imagem de uma única e tonitruante roda de tractor a girar imparável dentro de uma “Sala” de poucos metros quadrados é apanágio do vídeo. A utilização não comercial deste meio, em benefício da arte, surgiu no final da década de 60 do século passado. Desde então, tem sido utilizado a par da instalação, aos projectos site-specific, que ganharam força com o Minimalismo de Serra ou Judd, com os quais o espaço específico da exposição se funde às próprias obras.
O artista plástico Orlando Franco apresentou no espaço “A Sala” a vídeo-instalação “Tyred” – palavra anglo-saxónica que não se esgota no correspondente português “pneu”, mas que remete, mais expressivamente, para a palavra homófona “Tired” que, significando “cansaço” ou “exaustão”, direcciona mais e melhor no sentido da obra aqui proposta pelo artista.
Neste trabalho de Orlando Franco, não é a realidade captada pela câmara que nos é dada a ver mais de perto no contexto da exposição. A roda é um pretexto para ver o que está para além do visível. A oportunidade de contemplar o movimento e as forças que implicam um esforço. Essa acção contida e propositadamente arrastada, quase sofrida, acentua a tomada de consciência de coreografias quotidianas que, habitualmente, não conseguimos ver repetidas.
O artista, ao constranger esse movimento mecânico através dos meios tecnológicos, cria um efeito hipnotizante no qual a superfície da borracha deixa de ser coisa, para passar só a ser a acção. Mais facilmente captado na máquina, pela sua previsibilidade, o tractor é apenas um álibi que comprova esse interesse do artista pelo movimento, enquanto indício de vida – a “máquina mimetiza a vida”, afirma o artista.
Encaixado entre duas portas, o pneu move-se em sequências alternadas, parecendo encastoado entre eixos de rotação que pertencem ao espaço. Na sequência em loop, é impossível dizer quando avança ou recua; a percepção de mudança de ritmo dá-se graças a uma pausa no som, que assinala um esforço redobrado da máquina do tractor.
Mas porque é, frequentemente, nos intervalos que se ganha fôlego, ou se concretizam as mudanças, a dimensão espiritual deste movimento é também interior e intensifica-se na mudança de direcção ou de ritmo indiciada pelo som, como um ressurgimento de forças. Ou uma ressurreição. Este é, aliás, o significado do nome grego da série que este vídeo integra – “a-na’sta-sis”, série na qual a mecânica revivescente também está presente através de imagens em movimento.
Rendido às possibilidades do vídeo, talvez por ter sido um dos beneficiários da telescola, a 50 km de Lisboa, no Cartaxo, Orlando Franco tem desenvolvido um percurso tão ponderado como a sua obra, nomeadamente através do desenho que complementa, habitualmente, a realização de filmagens – apesar de não ser, necessariamente, uma preparação para estas e funcionar como trabalho de reflexão autónomo. No futuro, as instalações do artista poderão passar por apresentar as máquinas, lado a lado com os vídeos.
Licenciado em Artes Plásticas pela ESAD (Escola Superior de Artes e Design) das Caldas da Rainha, o artista tem investigado e reflectido sobre registos deixados por artistas como Richard Prince, Hiroshi Sugimoto ou Anish Kapoor. Sendo as fontes de interesse diversificadas, no trabalho de Orlando Franco subjaz a ideia de que, hoje, num tempo pós-histórico, o artista é – quase naturalmente – conceptual. Mas, arriscaria dizer, não necessariamente pós-utópico.

Margarida Rocha de Oliveira


_________


TYRED

Orlando Franco



Temos o prazer de anunciar a apresentação TYRED, do artista Orlando Franco, para o Projecto"a sala", dia 25 de Junho, entre as 19.30m e as 23horas.
O evento tem a duração de 4 horas depois das quais não se voltará a repetir. Situa-se na Travessa Convento da Encarnação, nº 16, 3º Drt, 1150-116 Lisboa.
Seja bem vindo!




domingo, 31 de maio de 2009



quinta-feira, 16 de abril de 2009

Pedro Ferreira _Dia 30 de Abril, das 19 às 23 horas ; Situação Pumk

"Nem pink, nem punk, pumk ... simplesmente uma possível situação...pumk...ah!...ah!...ah!..."


O Projecto"a sala" reabre finalmente a sua porta com uma exposição de Pedro Ferreira, quinta-feira, dia 30 de Abril, das 19horas às 23 horas! Ele quer que estejas lá, afinal não é todos os dias que podemos assitir a uma situação Punk!
Travessa Convento da Encarnação, nº16, 3ºDrt, 1150-116, Lisboa ( Junto à Calçada de Santana)

quarta-feira, 11 de março de 2009

ORNAMENTO E CRIME

Crítica de Maribel Mendes Sobreira

Ornamento e Crime

O título de uma peça feita para um contexto específico, a Alta de Lisboa, dá mote para a retrospectiva, não linear, que Magali Marinho faz no Projecto “a sala”. Ornamento e Crime surge aqui, não como apologia às teorias do Adolf Loos e dos Modernistas, mas como uma provocação à ideia de que o ornamento mata a forma e que, por isso, a linguagem minimalista deverá prevalecer. Questiona se ambas não poderão coexistir, criando uma linguagem híbrida, onde a sobriedade é equilibrada pelo ornamento dando dinâmica à leitura do suporte.
Mas não só de ornamento fala o trabalho de Magali Marinho. Existe para além dessa questão a preocupação de uma reflexão sobre a paisagem em contexto urbano, sendo ela uma artificialidade, a artista realça essa ideia com a escolha do verde-água como fundo de todo o espaço expositivo. A percepção que temos ao entrar no espaço é de uma amálgama de informação, típica da casa lisboeta, cheia de plantas e flores, naturais ou artificiais. De um lado temos papéis dobrados – remetendo-nos para o imaginário das artes decorativas – com padrões de rosas e do lado oposto as várias possibilidades de paisagens onde não falta a gaiola aberta, para que o pássaro seja livre de permanecer onde achar por bem. Na parede que divide as anteriores a racionalidade das formas geométricas transporta-nos para o imaginário da urbe.
Mais do que falar sobre o seu trabalho, o interessante é confrontarmos-nos com ele no espaço físico da exposição, perceber até onde nos remete nas nossas reminiscências sensitivas e reflexivas.

Maribel Mendes Sobreira

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Magali Marinho_ 5 de Fevereiro, das 19h às 23h



ORNAMENTO E CRIME

Magali Marinho

O Projecto"a sala" reabre com uma exposição de Magali Marinho, quinta-feira, dia 05 de Fevereiro, das 19horas às 23 horas! Gostaria muito de te encontrar cá, a porta da sala está aberta! Travessa Convento da Encarnação, nº16, 3ºDrt, 1150-116, Lisboa ( Junto à Calçada de Santana)